Índios discutem acesso ao ensino superior
Festival de cultura e arte do povo Yawanawá, no Acre
Kaxiana
Os estudantes indígenas de ensino superior, particularmente os
da Amazônia, enfrentam os mais variados problemas, como os de
transporte, alimentação e moradia. Além disso,
70% deles têm de apelar para as faculdades particulares para
terem acesso ao estudo e conhecimento que lhes permitam contribuir em
favor do desenvolvimento de seus povos.
Esse é o resumo do II Encontro de Estudantes Indígenas
no Ensino Superior, que foi realizado em Brasília
paralelamente ao I Encontro da Rede Brasileira de Instituições
Superiores, onde representantes do governo federal e do movimento
estudantil indígena de diferentes universidades brasileiras se
reuniram para apresentar propostas de acesso e permanência das
diferentes etnias nas instituições de ensino superior
do país.
Segundo informou à Agência Brasil a coordenadora dos
dois eventos, Maria Luiza Fragoso, atualmente mais de 300 índios
se encontram cursando o ensino superior, mas apenas 30% deles tiveram
acesso a universidades públicas, que se limitam hoje a 20
instituições com políticas voltadas para os
primeiros habitantes da terra. “Apesar de o número de
estudantes universitários indígenas ser pequeno, a
demanda ainda é muito maior do que as universidades podem
atender”, assinalou a coordenadora.
No II Encontro de Estudantes Indígenas no Ensino Superior foi
lançado oficialmente o portal da Rede Brasileira de
Instituições de Ensino Superior para Povos Indígenas.
O site, que já está no ar, tem espaço para
debates e apoio às demandas e estratégias de ações,
para que comunidades indígenas tenham acesso e permanência
no ensino superior no Brasil.
(www.kaxi.com.br/noticias)