Experiências
em educação indígena recebem prêmio
Revista Nova Escola O professor Ava Poty Rendy é um dos
ganhadores do 9º Prêmio Professor Nota 10. Tratado pelos
não-índios como Ismael Morel, o professor leciona
educação física na Escola Indígena
Mbo'eroy Guarani/Caiová, em Amambaí (MS). É a
quarta vez que um educador indígena é contemplado pelo
concurso.
Nesta edição, o prêmio promovido pela Fundação
Victor Civita teve 3.851 trabalhos inscritos. Apenas dez foram
selecionados por 16 educadores especialistas em várias
disciplinas.
Para o coordenador-geral de Educação Escolar Indígena
do MEC, Kleber Gesteira, a iniciativa atesta a competência e a
criatividade dos professores indígenas e mostra as boas
experiências desenvolvidas em todo o país. "Uma das
principais ações do ministério, de fomento à
educação indígena, é o apoio às
licenciaturas específicas para os professores índios
que os habilitam a cuidar de toda a educação básica
em suas próprias aldeias, além de trazer o assunto para
as universidades", explica.
O projeto de Ava Poty tem um traço em comum com os de seus
colegas premiados: a revalorização e revitalização
da cultura nativa. O professor passou a utilizar as danças
típicas dos guaranis caiovás nas aulas de educação
física e criou um grupo permanente de dança formado
pelos alunos de 1ª a 4ª séries da escola.
Cultura - De acordo com Ava Poty, as manifestações
culturais dos guaranis caiovás estavam esquecidas pela
comunidade local, que sofre forte influência de atuação
religiosa estranha à sua cultura. Em sua avaliação,
o prêmio que projetou o município nacionalmente é
de todos os professores da educação indígena.
"Precisamos mostrar que há gente habilitada e com coragem
desenvolvendo educação indígena de qualidade",
diz.
Juliana Meneses
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