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No município de Benjamin Constant, Amazonas, a aldeia Filadélfia, do povo
ticuna, é o palco no qual 250 índios, entre ticunas e representantes de
outras cinco comunidades, reúnem-se para estudar. A experiência de sair da
sala de aula e alternar os lugares nos quais o conhecimento é transmitido,
conhecida como pedagogia da alternância, é um dos poucos pontos de consenso
entre as universidades que oferecem a licenciatura em educação escolar
indígena.
A oficina de intercâmbio Prolind – Licenciaturas Interculturais Indígenas;
Sistematizando Experiências começou nesta terça-feira, dia 8, e será
encerrada nesta *quarta, 9*. Estão em discussão os desafios que envolvem a
qualificação de um professor indígena. "A proposta é oferecer um curso que
seja capaz de fortalecer a cultura indígena e oferecer ainda o que há de
melhor na cultura universal", esclareceu o antropólogo Eduardo Barnes,
coordenador do evento e representante do programa Diversidade na
Universidade, do Ministério da Educação.
Representantes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat),  das
universidades federais de Roraima (UFRR) e de Minas Gerais (UFMG) e da
Universidade do Estado do Amazonas (UEA) participam do encontro. As quatro
instituições fazem parte do Programa de Formação Superior e Licenciaturas
Indígenas (Prolind). Outras quatro participam como convidadas —
Universidade de São Paulo (USP) e universidades federais de Goiás (UFG), do
Tocantins e da Grande Dourados (UFGD).
A meta do evento é sistematizar a experiência das universidades na
implementação dos cursos e, assim, facilitar a disseminação das
licenciaturas interculturais. Hoje, 189 professores indígenas têm
licenciatura intercultural no Brasil. Outros 800 estão em formação. Dados do
MEC mostram uma demanda de quatro mil professores para atender os 220 povos
indígenas brasileiros.
*Direitos* — A partir da formação intercultural, pretende-se que os índios
saibam defender seus direitos frente à sociedade branca. "Para resolver
questões territoriais, por exemplo, é importante que os índios sejam dotados
dos mesmos instrumentos ideológicos que os brancos", explicou Barnes.
Os cursos de licenciatura indígena têm duração de cinco anos. A partir do
terceiro ano, os professores já podem dar aulas a alunos do ensino
fundamental em suas aldeias. Cada universidade estabelece a grade
curricular, mas a partir do quarto ano os professores já podem optar pela
especialização em determinada área de conhecimento.
Mais informações na página
<http://portal.mec.gov.br/sesu/index.php?option=content&task=view&id=573&Itemid=303#apresentacao>eletrônica
do Prolind.