UFSCar e
Unesp vão oferecer graduação a distância
em 2007, primeiras turmas das duas universidades públicas
devem começar a ter aulas a partir do 2º semestre do
próximo ano.
A
iniciativa é inédita no Estado de São Paulo;
federal de São Carlos terá vestibular em fevereiro, e
Unesp ainda espera autorização do MEC
DANIELA
TÓFOLI
DA
REPORTAGEM LOCAL
Duas
universidades públicas de São Paulo irão
oferecer cursos de graduação a distância no ano
que vem. A iniciativa inédita partiu da UFSCar (Universidade
Federal de São Carlos) e da Unesp (Universidade Estadual
Paulista), que começarão seus cursos no segundo
semestre de 2007.
Em ambos
os casos, haverá vestibular para a admissão dos
candidatos, mas as regras ainda estão sendo definidas pelas
duas instituições.
O
primeiro processo de seleção será da UFSCar,
marcado para fevereiro. O que se sabe até agora é que o
vestibular da graduação a distância será
separado do tradicional, que seleciona alunos dos cursos presenciais.
Um equipe da universidade está estudando como será o
formato das provas.
1.950
vagas
A UFSCar
oferecerá 1.950 vagas nos cursos de educação
musical, engenharia ambiental, pedagogia, sistemas de informação
e tecnologia sucroalcooleira. Algumas aulas serão presenciais
-os alunos poderão escolher um dos 19 Pólos Municipais
de Apoio Presencial para freqüentar.
Até
anteontem, havia 16 pólos no interior do Estado, em cidades
como São José dos Campos, Itapetininga e Jales, e três
fora de São Paulo: um em Minas Gerais, um na Bahia e um no Rio
de Janeiro. O vestibular de fevereiro selecionará 1.950
estudantes, mas nem todo mundo começará a ter aula
junto. Uma primeira turma, com 1.000 alunos, iniciará o curso
em julho. A segunda, com 950 aprovados, começa a ter aulas
apenas em setembro do próximo ano.
Unesp
Na Unesp,
ainda não há data prevista para o vestibular -o início
dos cursos, porém, deve ocorrer em 2007. A universidade está
finalizando a documentação para obter no MEC a
autorização para a graduação a distância.
Na terça-feira, a universidade publicou uma resolução
no "Diário Oficial" do Estado com as normas para as
futuras ações de educação a distância.
"Nossa
preocupação era, desde o início, estabelecer
critério para oferecer cursos a distância de qualidade",
explica o presidente da comissão de educação a
distância da instituição, Klaus Schlünzen
Júnior.
"Todas
as unidades deverão estar dentro do mesmo padrão, e os
professores que quiserem propor novos cursos também precisarão
seguir as normas", ele afirma.
O
representante da Unesp ainda não sabe quais são os
cursos que serão oferecidos. "Há demanda em todas
as áreas e até um curso de medicina, por exemplo,
poderá ser semipresencial, com as aulas teóricas a
distância e as práticas, nos laboratórios e
hospitais."
Para ele,
oferecer educação a distância não é
massificar o ensino, mas facilitar o estudo daqueles que estão
distantes dos grandes centros. "A graduação a
distância terá a mesma qualidade que a presencial. A
Unesp tem um nome a zelar", diz Schlünzen Júnior.
A Unicamp
e a Unifesp ainda não oferecem esse tipo de graduação
nem têm projetos em estudo para o próximo ano. No
próximo ano, entretanto, a Unifesp vai oferecer dois cursos de
especialização a distância: informática em
saúde e saúde indígena.
Já
a USP está estudando a adoção do ensino a
distância. Um projeto que trata do assunto já tramita na
pró-reitoria de graduação, mas ainda não
há data para uma definição.
Colaborou
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO , da Reportagem Local