ProUni garante acesso de indígenas ao ensino superior
O Programa Universidade para Todos (ProUni) pré-selecionou 174
dos 1.217 candidatos indígenas que se inscreveram para
concorrer a uma bolsa de estudo no ensino superior. A seleção
dos indígenas nesta edição do programa foi
aprimorada em relação ao ano passado. No questionário
de inscrição, o candidato teve de responder duas
perguntas para comprovar sua origem, além da autodeclaração:
A que povo indígena você pertence? e Em que aldeia/terra
indígena vive seu povo?.
De acordo com Susana Grilo, consultora da Coordenação-Geral
de Educação Escolar Indígena do MEC, o
aperfeiçoamento do critério possibilitou aos candidatos
mostrar sua origem não só por meio da autodeclaração.
Para ela, o ProUni é uma oportunidade importante para o índio
ter acesso à universidade.
Atualmente, cerca de 1,5 mil indígenas cursam o ensino
superior. Entrar no ensino superior é a primeira demanda
deles. A segunda é a necessidade de cursos superiores
interculturais. Ou seja, que dialoguem com a cultura indígena,
explicou Susana.
Para atender essa reivindicação, o Ministério da
Educação lançou, em 2005, o Programa de Formação
Superior e Licenciaturas Indígenas (Prolind). Estão
sendo aplicados R$ 3 milhões para incentivar universidades a
desenvolver projetos de cursos de licenciatura para a formação
de professores indígenas que integrem ensino, pesquisa e
extensão e valorizem a língua materna, a gestão
e a sustentabilidade das terras e da cultura desses povos. (Flavia
Nery)
(Fonte: MEC)