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NOTA DE REPÚDIO
NOTA DE REPÚDIO À COORDENAÇÃO GERAL DE EDUCAÇÃO DA FUNAI Educação Superior Indígena: O descaso com os universitários

NOTA DE REPÚDIO

À COORDENAÇÃO GERAL DE EDUCAÇÃO DA FUNAI

 

Educação Superior Indígena: O descaso com os universitários

 

 

Associação dos Universitários Indígenas em Brasília – ASSUIB, com sede em Brasília, sob CNPJ: 04.357.771/0001-91, vem a público expor a situação discriminatória e vexatória em que vivem os Universitários Indígenas na Capital Federal.

Informamos que:

1. O Convênio firmado pela Fundação Nacional do Índio e Universidade de Brasília - 2004 (FUNAI/UNB), foi o resultado  da  demanda dos estudantes indígenas que estavam aqui em Brasília, por que a Funai, em momento algum fez algo de livre e espontânea vontade para ajudar os universitários, foi preciso críticas, sofrimento e luta   para o ingresso  de indígenas na Unb, portanto o mérito é todo nosso que estudamos, fizemos a prova, passamos e hoje estamos na universidade.

2. A Contrapartida da  Funai é pagar a bolsa - auxilio,  por que a UNB, é pública, todavia a Funai não cumpre com o devido acordo, pelo contrário, o tratamento dispensado aos estudantes é desigual, há um verdadeiro Aparte id dentro da Coordenação Geral de Educação em Brasília – onde  a máxima é o seguinte: - situações iguais, tratamento diferentes,  principalmente em relação aos indígenas da região Nordeste e os que os residem fora de suas aldeias, aqui em Brasília.

3. A  UNB,  possui o maior número de indígenas, mas a bolsa tem valores diferentes, enquanto alguns recebem R$: 900,00 ( novecentos reais) outros recebem 260,00 ( duzentos e sessenta reais), mesmo sabendo que todos passam por situações semelhantes. Alguns recebem até passagens aéreas, e outros nem terrestres a Funai que liberar e para retornar de suas aldeias? A situação é pior, porque as Administrações Regionais não dispõe de recursos financeiros.

4. Enquanto alguns indígenas  estudam em    período noturno, fazem estágios e moram em cidades satélites ( 1 hora do centro), chegam em casa por volta de 01  da manhã  e mesmo assim com todo esforço a bolsa não chega a R$: 900,00 ( novecentos reais), outros trabalham em supermercados para tentar arcar com os estudos por que a bolsa de 260,00 é insuficiente, devido o alto custo de vida. E tudo isso prejudica o rendimento dos acadêmicos que não sabem  se trabalham pra comer ou estudam, e a Coordenação está pouco se importando com os problemas  do   alunos.

 

5. Por fim a CGE mandou cortar o auxilio de 6 ( cinco) estudantes arbitrariamente, sem nenhum aviso prévio. Ressaltamos que quando o indígena está com algum problema na universidade ou pessoal, imediatamente a coordenação autoriza o corte da bolsa, manda trancar o semestre, começa todo tipo de ameaça, foi o que fizeram  com um indígena “portador de necessidades especiais”, onde uma das  “ chefes”  alegou  “ que o problema dele não é mental é sim físico,” portanto, não admite que o indígena sinta dificuldades na universidade, então que   abandone a faculdade e vai fazer terapia, e dê o lugar para outro, desta formou  cortou todo apoio do indígena que está a 2 anos, aguardando um posicionamento da CGE.

 

A coordenação desconhece os princípios da isonomia, imparcialidade,  especificidade e razoabilidade, temos observados a prática de uma política discriminatória, que  veta, persegue, humilha, e exclui, é o abuso de poder por partes dos agentes públicos.

 

A Presidência da Funai tem conhecimento das dificuldades que enfrentamos, desde do ano passado foi repassado toda problemática, mas infelizmente nada foi resolvido, cada dia a situação piora, assim fica impossível concluir a graduação.

 

Os universitários de Brasília, passam por muitas dificuldades, que os Estados desconhece, não há um diálogo com os estudantes, não há apoio para os recém – formados, não há um bom atendimento aos indígenas,  mas sim uma política de favorecimento de uns em detrimento de outros.

 

Diante disto à ASSUIB, repudia todo e qualquer ato discriminatório dentro da instituição.  É preciso dar uma basta nisso!  É preciso que a sociedade tome conhecimento das dificuldades que enfrentamos, tais como acadêmicas, financeiras, a falta de um acompanhamento eficaz, precisamos ser ouvidos, por que tudo isso tem provocado conflito entre os estudantes.

 

ASSUIB, exige respeito e um tratamento   digno, queremos uma Educação Superior de qualidade e com igualdade  a todos Universitários em Brasília e demais Estados Brasileiros.

A Educação é um direito de todos e um dever do  Estado, não é um favor! Dessa forma, o art. 26 da Convenção 169 da OIT, determina que: “Deverão ser adotadas medidas para garantir aos membros dos povos interessados a possibilidade de adquirirem educação em todos o níveis, pelo menos em condições de igualdade com o restante da comunidade nacional\\\\\\\".

 

Atenciosamente,

 

ASSOCIAÇÃO DOS UNIVERSITÁRIOS INDIGENAS EM BRASÍLIA - ASSUIB

 

Brasília, 15 de março de 2008.